Marina confirma engano no seu programa de governo e retira menção a causa gay


A candidata à presidência pelo PSB, Marina Silva afirmou durante uma visita a Rocinha, na zona sul carioca que a eliminação do trecho que defendia o casamento homossexual e a criminalização da homofobia foi um ''engano''.
A coordenação da campanha confirmou oficialmente neste sábado (30) que seriam alterados os trechos sobre os LGBT que foram divulgados na véspera.
Na alteração, há a mudança da defesa de propostas sobre o casamento igualitário e a equiparação contra homossexuais aos crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor foram alterados para a redação: ''Garantir os direitos oriundos da união civil entre pessoas do mesmo sexo''.

Segundo Marina Silva, ''O texto que foi para a publicação foi o texto tal qual foi apresentado pelas demandas dos movimentos sociais. Todos os movimentos sociais apresentam as duas demandas. Foram feitas as mediações e se contemplou o tanto quanto possível as propostas, mas independente de qualquer coisa, nosso compromisso é com a defesa do Estado Laico, o respeito à liberdade individual e o respeito à liberdade religiosa. O que foi feito foi ter voltado o texto da mediação, por que havia sido cometido um engano'' afirmou Marina.
A acessoaria da campanha divulgou uma nota, que se retrata e que '' infelizmente não retrata com fidelidade os resultados do processo de discussão sobre o tema durante as etapas de formulação do plano de governo''.
Repercussão
O deputado federal pelo PSOL do Rio de Janeiro, Jean Wyllys publicou em uma rede social que a candidata mentiu à todos que são da comunidade e brincou com a esperança dessas pessoas. Também comentou que a proposta é ''segregacionista'' ao apoiar a união civil ao invés do casamento igualitário.
"Já imaginaram um candidato presidencial dizendo que é contra o direito dos negros ao casamento civil, mas apoiaria uma 'lei de união de negros'? A nova política da Marina é tão velha que lembra os argumentos dos racistas americanos de meados do século XX. O pior é que ela brincou com as esperanças de milhões de pessoas! E isso é cruel, Marina!", escreveu.
Quem também se manifestou sobre o assunto foi o pastor Silas Malafaia. Pelo twitter que iria aguardar a posição de Marina após a correção do programa de governo. Ele também fez críticas.
"O Pgm de gov de Marina pensa que o povo de Deus é idiota.Corrigiu palavras mas a essência é a mesma, pior, cheio de subjetividades."
"defesa vergonhosa da agenda gay" 
Intenções de Voto
Marina falou sobre a pesquisa Data folha divulgada na sexta (29), em que a candidata aparece empatada com a candidata do PT, Dilma Roussef com 34% dos votos.
"Ainda temos muito chão pela frente. E o que nós estamos querendo é que este movimento continue. É o movimento do cidadão que quer a mudança", afirmou.


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3 comentários:

Unknown disse...

Amigo Humberto, Marina Silva não tem qualquer autonomia, o Partido comanda e ela fala e desfala, não tem pulso firme, será mais uma marionete a serviço de um partido comunista. Já declarou-se a favor do Decreto de Dilma, disse que vai incentivar e fortalecer os movimentos sociais, coisa antidemocrática, vamos ser invadidos por MST, MPL, MSST e por aí vai.
Abraço!

cid vasconcelos disse...

só dois comentários colega. um, em termos de conceitualização, não se trata de "casamento homofóbico", já que o termo homofobia designa justamente a fobia aos homossexuais que tantos crimes e violência produz na nossa sociedade ainda algo medieval. o medieval convive com o pós-moderno em nossa sociedade, enfim...o segundo que ela se encontra mancomunada com alguns dos setores mais conservadoramente perversos da nossa sociedade, para não usar de uma palavra de baixo calão. é o caso da sua principal assistente financeira, herdeira de parte das ações do Itáu, Neca Setúbal e desse brucutu imbecil que é o pastor Silas Malafaia. De proximidades desse tipo não espere surgir nada de bom para a sociedade como um todo, talvez apenas para os grupos privilegiados de sempre.

humberto disse...

Concordo com vocês dois. Ela não tem qualquer autonomia política e quem apoia ela também não é flor que se cheire. Também tenho um receio, caso elá ganhe pois ela está ali mas apenas por estar. Quem vai mandar realmente não é ela.